Ser mestre ou não ser? Eis a questão!

Salve, salve. Tirem as crianças da sala, pois, eu voltei (não sei se pra ficar).

Ok, só para estabelecer um panorama da minha situação atual, voltei há quatro meses da Coréia do Sul e sou “ex-bolsista CsF” desde junho de 2013. Mesmo tendo recuperado 12 horas de fuso que perdi na Austrália, ainda pareço não ter me acostumado ao “horário de Brasília”.

São 06:30 da manhã, e eu ainda não dormi esta noite, meus olhos ardem e a insônia, todavia, prevalece perante a força de minhas pálpebras. E daí você pensa, “tá, e daí?”. E daí, meu caro, é que tal insônia, especialmente hoje, tem um motivo, uma razão caótica, ou um impulso, uma insanidade de minha parte.

Logo quando pensei que meu futuro estava semi definido, isto é, que eu me formaria no dia 12/07/2014 e, a partir de então, acenderia velas e faria macumbas para ter um bom emprego como recém formado, eu acabo por decidir dar maior atenção à seguinte notícia:

Mestrado nos EUA

Sim, sim, vou tentar outra bolsa de estudos, agora para me tornar Mestre?! E sabe por que? Desde que cheguei aqui no Brasil, a ideia de ter meu futuro pre-estabelecido tem me incomodado bastante, é aquela coisa de você não se imaginar mais na zona de conforto após ter saido dela. Eu poderia citar mil motivos pelos quais nunca poderíamos ou deveríamos voltar iguais de um intercâmbio ou os porquês da difícil adaptação à velha rotina, mas já existem mil textos para isso. Fato é que eu sinto falta de novos desafios que, claro, eu talvez (claro com talvez? Oh, well…) encontrasse na vida profissional, mas que eu acho que encontrarei em maior intensidade e diversidade em um novo intercâmbio.

Tudo ainda é uma incerteza, ainda preciso fazer a prova do GRE, uma espécie de vestibular para graduados para admissão do Mestrado nesse CsF. Depois disso, caso alcance a pontuação necessária, lá vou eu atrás de toda a documentação necessária, pesquisando qual curso e destino eu vou escolher. E daí a parte mais angustiante, a parte do “não posso fazer nada”, a parte da espera por um resultado, pelo resultado de aprovação da universidade, da CAPES, etc. É aquela velha história, aquela velha novela, aquele vale a pena viver de novo que eu decidi querer para mim mais uma vez.

Daqui até a minha prova do GRE serão 21 dias. Isso mesmo, admita, você nem tinha pensado, logo após a virada do ano estarei em Curitiba tentando a sorte, e testando a competência. O processo todo ainda durará 7 ou 8 meses (OU NÃO, se não passar em alguma etapa), mas a documentação toda tem que estar em mãos até o dia 31/01/2014. É se preparar e manter o foco. Meu projeto verão parece ter entendido outro significado ao termo academia. Sem nem ter esfriado das aulas, já sinto ter voltado minha mente à academia, às salas de aula.

Por fim, sinto que, ao passo que tirei um peso das costas decidindo tomar outro rumo da minha vida pós estágio e graduação, passo a carregar agora um outro por não saber se foi a decisão certa. Mas decisão tomada é decisão certa, não existem erros completos nessa vida. Desejem-me sorte. Postarei, sim, mais detalhes do processo, mas não prometo nada 😛

UQ Market Day – Parte 2

UQ Market Day - Ciência sem Fronteiras

Bem, amanhã é o tão esperado Market Day. E como prometido, vou escrever sobre mais algumas sociedades que você deveria fazer parte, se quer conhecer mais estudantes internacionais e, principalmente estudantes australianos, ou mesmo só para agregar alguma experiência acadêmica extraclasse.

Eu comecei com a ideia de fazer um texto mais baseado nas experiências que já tive e os motivos pelos quais eu acredito que você deveria fazer parte daquelas que eu faço parte também. Mas resolvi postar algumas outras alternativas onde você não verá minha face toda santa hora. Por isso não detalharei todas tão bem quanto o último post.

QUEST

QUEST: A Queensland University Exchange Students Society, como o próprio nome diz, é destinada a estudantes internacionais e é uma das melhores sociedades que eu tenho conhecimento. A administração da sociedade é muito amigável, sendo geralmente premiada como uma das melhores nos últimos três anos, e o grupo no Facebook é muito ativo, o que ajuda pessoas em tudo, desde a descobrir aonde é a próxima festa, até arrumar casa para morar durante o semestre. Hoje, dia 19/02 houve uma sessão de fotos onde você poderia interagir com 0,01% das espécies de animais existentes aqui, uma vez que os outros 99,99% são peçonhentos e podem te matar em um golpe. A sociedade promove muitas festas e eventos para a comunidade internacional, e certamente é uma das que apresenta a maior variedade de estudantes de países diferentes. Você pode visitar o site, o grupo do Facebook, a página do Facebook, e até mesmo o Marketplace.

UQ Beach Volleyball - Ciência sem Fronteiras

UQ Beach Volleyball Club: Está aqui o meu xodó entre os grupos e sociedades da UQ. Foi um dos grupos onde conheci australianos com quem viajei para praias e outros destinos, e onde fiz meus melhores amigos, onde tive minhas melhores experiências e ainda pude jogar vôlei. Podes estar a pensar: “Mas eu não sei dar nem manchete.”, digo-lhe que 90% das pessoas que estão lá não estão pelo vôlei sério e profissional mas pelo social, os outros 10% que estão acabam desistindo e entrando num clima mais social também. É um ótimo clube se você quer aprender a dar manchete, pegar um bronzeado, ver um strip-tease dos integrantes em Byron Bay, tirar fotos legal nas praias próximas a Brisbane, ou mesmo achar um grupo sério para jogar vôlei em outros horários. O grupo joga toda terça e quinta, das 17:00 às 19:00. A inscrição é um pouco mais salgada, sendo 55 dólares, que para mim, valeram a pena. Eu que sempre fui alguém competitivo para vôlei e nem gostava de jogar “brincando”, acabei por cair nas desgraças do social, e hoje falo “It’s just social” quando alguém corta de uma forma muito ogra nos indefesos.

cheese

Wine and Cheese Club: Gente, esse clube é como caviar pro Zéca Pagodinho, nunca vi, nem comi, eu só ouço falar. Mas, convenhamos, com apreciações de vinhos e queijo de forma esporádica o clube não deve ser desinteressante, certo? Ainda mais aqui onde o vinho que você tomará, provavelmente será o famoso Goon de cinco litros por 10 dólares (CLIQUE PARA VER IMAGEM). Além do que você ainda pode aprender um pouco sobre ambos e impressionar alguém ao escolher o vinho ou o queijo certo naquele prato refinado.

UQ VGS - Ciência sem Fronteira

Video Games Club: O Ciência sem Fronteiras tende a trazer vários engenheiros e pessoas da área tecnológica, o que tende a aumentar o número de nerds, geeks, e fanáticos por vídeo game, então o clube é uma boa pedida. Além do que, você não precisará comprar seu próprio console, e quem sabe poderá fazer uma “redinha” de Counter Strike, Call of Duty, sei lá. FOLLOW ME, AFFIRMATIVE!

UQ Veggie and Healthy Club - Ciência sem Fronteiras

Vegetarian Vegan & Healthy Lifestyle Society: Bem, sabendo da dificuldade que pessoas geralmente tem no Brasil para encontrar opções vegetarianas resolvi colocar na lista. Aqui não ocorre tal dificuldade, uma vez que você pode encontrar até Hungry Jacks (leia-se BURGER KING) vegetariano. Mas é sempre uma oportunidade para você aprender algo novo ou se alimentar de forma saudável. Se entrar, depois me conta como foi, que agora eu estou indo no McDonalds. Brincadeira, ou não.

UQ PHOTOGRAPHY - Sem Fronteiras

Photography Club: De que adianta vir para a Austrália e não ter boas fotos, não é mesmo? Deixe de tirar fotos com dois megapixels, desenquadrada, mal iluminada e cheia de ruídos. Não se sinta intimidado pelas lentes de meio metro dos asiáticos, você poderá ter boas fotos com sua TekPix. O lado bom deste clube, tenho certeza, são as viagens para lugares de natureza deslumbrante, ou para lugares nem tão turísticos de Brisbane. Eu entrarei este semestre, nem que seja para alguém que entende de fotografia e tem uma máquina profissional fazer um book de mim. Ouvi dizer que tem uma sessão de nu artístico, caso você ainda não estivesse interessado, só que não.

HARRY POTTER ALLIANCE: Esse veio para a lista só para mostrar que a variedade e amplitude de clubes e sociedades é grande. FLIPENDO! ANIMUS CORPUS! ASCENDIO(fósforo)!               EXPELLIARMUS! CORPUS CRISTI! Além de tudo, o campus da UQ remete um pouco a Hogwarts, então vai que tem alguns bruxos? Ao menos, acredite, há os que se fantasiam.

Por fim, uma rápida ideia do que ainda pode encontrar: A mundialmente conhecida AIESEC. Você também pode fazer parte da Cruz Vermelha, de associações de solidariedade ou voluntariado (Bridge). E, claro, grande parte de clubes e sociedades são sobre países e culturas, tais como sociedade japonesa (Wasabi), chinesa, coreana, alemã, norueguesa, africana, latino americana (post anterior), e por aí vai. Você terá cinco horas, daqui a 9 horas, para escolher sabiamente e verificar TODOS os clubes, seja paciente, pergunte, gaste seu tempo, valerá a pena e só ocorre uma vez por semestre. Uma lista de todos os clubes e mais detalhes pode ser vista AQUI

LAST TIP: Ao mesmo tempo em que é paciente, seja rápido, e aproveite os brindes e comida de graça. 😉
P.S.: Não é brincadeira.

Nos vemos em um próximo post, mais voltado às minhas experiências aqui na Austrália. See you, mate!

UQ Market Day – Parte 1

Há quase dois meses comecei um post a respeito do Market Day na UQ, e fui sacaneado pelo WordPress, que só postou o vídeo e ainda apagou meu texto. Sim, primeiro no Word e depois para o blog, assim deve ser. Enfim, cá estou pagando meus pecados escrevendo tudo novamente. O início de semestre está chegando, e com ele, várias novidades e uma movimentação atípica comparada ao início do ano. Então vamos falar um pouco sobre tais atrações que ocorrem na Orientation Week (18-22/02).

Já no dia 18/02 acontecerá o International Welcome, onde a universidade dá as boas vindas aos estudantes internacionais, intuitivo, não!? É onde alguns estudantes estrangeiros falarão sobre sua experiência, professores e diretores falarão um pouco sobre a cultura ou lugares para visitar, e ao final, acredito que já teremos alguns estandes de grupos e empresas, e UHUL rola um “Aussie BBQ” da QUEST no final, e se não me engano, um coffee break, onde o nível me faz pensar em ir ao Welcome mesmo não sendo novato. 😉

Todavia, algo melhor para o dia 20/02. Neste dia ocorre o Market Day, a sétima maravilha das universidades modernas. No Market Day você verá uma parcela das centenas e tantas organizações, entre clubes, sociedades e empresas presentes na UQ e/ou na vida universitária. Tais organizações farão uma exposição em estandes. O evento começa de manhã,  às 10:00.

Seja espero rapaz, se Deus ajuda quem cedo madruga, imaginem os clubes e sociedades que querem membros. Se você é brasileiro, certamente gosta de coisas acompanhadas da palavra FREE, o Market Day será seu evento favorito na universidade, depois de exames finais, claro. Algodão doce, uma mistura de salsicha, pão e cebola que eles orgulhosamente chamam de BARBECUE, camisetas, garrafas squeeze, bolsas, adesivos, livros, cds, brinquedos e muito mais são só algumas coisas que são possíveis de ganhar. Além disso teremos as exposições de clubes e sociedades com brinquedos, equipamentos de academia, golfe e ainda alguns Cosplay, sim COLDPLAY, em sua maioria asiáticos loucos por animes, mais mini competições, dança e mais.

Agora, você sabendo o que esperar, tem que ter uma noção do que vale a pena parar e às vezes, pagar para participar. Né, esmola demais o santo desconfia. Os clubes geralmente cobram alguma taxa de adesão/matrícula/registro/ComoVocêQueiraChamar por semestre. Os preços variam de 5 a 500 dólares. Não criemos pânico, os mais caros são clubes de esporte que possuem alguma viagem, competição, uniforme ou coisa assim. Então prepare o seu bolso para os “MUST BE PART OF THAT”. Não vá com mil dólares, a maioria dos clubes tem Facebook e e-mail, e permitem que você faça um trial e depois decide se entra ou não.

“MAS MEU DEUS, ALGUÉM ME GUIE, QUAIS SÃO OS MELHORES CLUBES E SOCIEDADES?” você deve estar aí pensando… Como meu post já está muito grande, farei isso em posts separados, sendo a primeira leva, a seguinte:

UQ LASA: “Pero que sí, pero que no! Yo no soy Shakira pero estoy aqui, quieréndote!”, o slogan da sociedade é só um dos atrativos da Associação Estudantil Latino Americana. Com festas que só tocam salsa e uma ou outra música brasileira, a oportunidade para você ter o fogo latino quando se cansar da frieza europeia está bem na sua frente. É uma associação que faz churrascos com peças de carne DE VERDADE e não somente salsicha, e alguns eventos como futebol contra outras associa ções, quiz games, dance nights, pub crawl e mais. Ao se associar você paga somente cinco dólares* e é válido por um ano. A associação vai te permitir ver como existem pessoas que apreciam nossa cultura, linguagem, Michel Teló (difere de cultura) e lo calor humano tupiniquim. Ano passado, por exemplo, a presidente da associação (Alessandra, Alex, Austrasileira) e mais uma amiga, que são australianas, sabiam mais regras gramaticais que 99% dos brasileiros que estão aqui, além do que, Alex dança funk na velocidade que quiser melhor que todos os CsF’s aqui presentes. Enfim, é interessante no processo de valorizar seu país, vendo que pessoas admiram aquilo que você não se orgulha, muitas vezes. TODAY’S TIP: Ao se cadastrar na LASA você ganhará um abridor de garrafas! Wow ein, um abridor! Saibam senhores, é um objeto que fará você parecer cool quando a menininha não souber abrir garrafas com técnicas ninjas que deixam seu abridor e sua masculinidade no chinelo. Enfim, é sempre bom para evitar catástrofes com técnicas inovadoras. Eu digo que o cadastro vale só pelo abridor de garrafa.

LAW SOCIETY: Certo, você pode pensar “não faço direito e não quero gastar cinco dólares para discutir meus direitos do consumidor na Austrália”, mas e daí? Gaste mesmo assim, e obtenha um bom custo benefício com o L CARD. Além de receber o tal cartão você ainda pode concorrer a uma participação especial em L World, a série. STOPoraí, é bom, mas não para tanto. Semestre passado cometi o erro de pensar que era só para estudantes de direito, e fiquei sem o tal cartão. A vantagem é que tal cartão oferece entradas gratuitas e/ou descontos em clubes como o Birdees, Fridays Riverside e The Family, se você for UMA VEZ em qualquer um desses já pagou o cartão. Além disso, em algum desses clubes você pode levar alguém de graça também. Enfim, não sei como são as festas e a vida em tal sociedade, mas recomendo arriscar e receber e-mails sobre as festas exclusivas. TODAY’S TIP: Leve aquela pessoa com quem você tem segundas intenções no clube que permite duas pessoas de graça, sem citar tal cartão. Chegando lá tire e mostre o cartão na recepção num movimento “Sou do FBI”, e diga “She/he is with me”, e veja, provavelmente, uma cara de surpresa e aquele sorrisinho do “foi de graça”, half way da conquista, principalmente se o movimento do FBI for bem executado.

Seguem os benefícios de ter um L-Card, e um comparativo entre cartões de outras sociedades:

L-CARD Benefits

É o que temos para hoje. No próximo post algumas sociedades e clubes que eu conheço e uma e outra dica de terceiros.
Valeu, abraços.

Sejam bem-vindos!

Market Day na UQ

Vídeo

O vídeo mostra um pouco do que é o Market Day da UQ. Clubes, sociedades e empresas expõe seu conteúdo em mesas e murais, e contam com alguém para conversar sobre o clube e quaisquer dúvidas suas.
Além disso o Market Day é dia da famosa expressão “Free Stuff”, então espere encontrar vários souveniers, comida, bebida, cds, livros, e por aí vai.

Viagem Parte 3: Santiago – Auckland via QANTAS operado pela LAN (QF322)

Fala galera, atendendo a pedidos da Lana Melo, ressuscitarei mais um tópico aqui: a viagem de ida e experiências de voo. Fato é que já tem quase cinco meses que estou aqui e algumas coisas eu já esqueci, mas em suma, acredito que o voo para Auckland operado pela LAN foi o melhor que já fiz.

CHECK IN:

Lembro-me que assim que cheguei no aeroporto de Santiago tentava procurar uma tomada e internet para postar algum texto nesse blog. Assim que sentei e acomodado estava, ouço meu nome acompanhado de sobrenome nos auto falantes do aeroporto. Né, quando sua mãe te chama pelo nome completo, é porque boa a coisa não tá. Enfim, pensei “Perdi-me nos fuso horários e na verdade estou quase perdendo o voo”. Saí a passos largos e me dirigi ao balcão da companhia. Era só para me mudarem de assento e coisa e tal, eu ainda tinha duas ou três horas no aeroporto.

Embarque

Aquela noite era noite para escola de inglês ir a Austrália e coisa e tal, e o aeroporto estava cheio de novinhas e novinhos da STB e Experimento fazendo anarquia no aeroporto com seus uniformezinhos de excursão. E não sei se foi aquele excesso de energia deles, mas notei que eu tava ficando velho para aquilo. Sei que o Check-In foi organizado, separaram por filas, e eu, para variar, fiquei na última das filas atendidas. Tá aí o porque que às vezes não gosto de organização. Mas o serviço foi muito bom e profissional, rápido e eficiente e logo estava lá “o tio” no meio da criançada.

Voo e Atendimento a Bordo:

Ainda falando sobre os novinhos, assim que entramos no avião uma garota começou a respirar mais fundo progressivamente, achei que o medo era de aviões, mas não, era de sentar ao lado da asa. Enquanto o responsável da STB cuidava do caso também falava  em inglês com os comissários que não poderiam servir bebidas aos menores, por obviamente, serem menores de idade. Esse é um daqueles momentos em que você sente orgulho de ser +18 e pensa “Whiskey, por favor, que eu posso.”

Ok, os comissários da LAN eram muito simpáticos, sorridentes, e não exitavam em perguntar se tudo estava bem e coisa e tal. Todavia, aí vem awkward moment o fato engraçadinho da vez. Meu inglês não era muito bom naquela época, mas né supus que os comissários falavam ESPANHOL, INGLÊS e deu. Falei inglês, então, e ele assumiu que eu era estrangeiro e que minha língua nativa era inglês. Howeeever, eu e um dos comissários tivemos alguns problemas de comunicação no inglês, comigo pedindo pra ele repetir coisas, principalmente. Até que ao servir os jantares aquele mesmo responsável pelas crias da STB falou em português com o bendito comissário. Olha para minha cara de taxo né, fiquei vermelho depois e falei “não acredito que eu tava falando em inglês contigo”, demos algumas risadinhas ha ha ha e me foi servido o jantar.

Com ou sem Bordas - Ciência Sem Fronteiras

 

Yumi yumi. Pedi “salmão com purê de batata em formato circular, por favor“. O jantar estava muito bom, o salmão suculento, o tempero do purê bom e bem, a saladinha é a saladinha né, minha gente. A sobremesa era algum mousse de baunilha com cobertura de morangos, bom também, aprecie com moderação. No decorrer do voo recebi mais um sorvetinho de fruta. Acho eu que dormi e lá estava o café da manhã:

Com ou sem Bordas - Ciência Sem FronteirasOmelete com bacon e mais alguma frescurinha, aquele pãozinho safado, frutas e sobremesa. Frutas fresquinhas, omelete costumo dizer que o melhor que já comi, e o café, ahhhh o café… Já vem com um nome galanteador latino-americano, “JUAN VALDEZ”, muito bom, saboroso, consistente, enfim faltam-me palavras pra descrever. hahaha Tá, era um café normal, bom, mas não vá esperar o melhor que você já tomou.

Quanto ao sistema de entretenimento: Muito bom, processador intel core i7 de terceira geração, que travou quando tentei abrir um jogo de cartas, problema foi rapidamente resolvido pelo comissário. Falando mais criticamente, a LAN oferece muitos bons lançamentos no que diz respeito a filmes e música, mal vi passar as tantas horas de viagem. A interface do sistema é fácil e FUNCIONA (ao contrário da Asiana), assim como a qualidade dos televisores é muito boa.

No geral o voo foi tranquilo, não foi entediante e, como falei, não pareceu tão longo. Se recomendo muito esse mesmo itinerário que o meu, muito é por causa desse voo. Chegando em Auckland, o belo aeroporto:

Hasta luego, espero que tenham gostado. Dê seu feedback nos comentários 😉

 

Planejando a chegada em Brisbane

Devido ao número de pessoas que estão para vir para a Austrália nos dois próximos editais do Ciência sem Fronteiras, e também devido ao fim das aulas e começo do estágio (assunto para outro post), resolvi fazer o blog ressurgir das cinzas e voltei a escrever. Desculpa aos que seguiam as postagens anteriores e queriam mais, mas vários fatores contribuíram para o afastamento.

Enfim, vamos ao que interessa… Antes de chegar em Brisbane, há algumas coisas que você pode planejar para que não haja mais estresse que o comum:

A primeira delas, e diga-se de passagem muito útil e econômica, é o Airport Pickup Service que a University of Queensland oferece. Isso te economizará 60 dólares se você estiver desamparado e sozinho à procura de um táxi. TENHO UM DESAFIO: Ou 15 dólares,  se você se considera esperto o suficiente para pegar um trem e se auto guiar após sair da estação.

Basta preencher o formulário que segue no link para o booking do Pick-uP: https://www.uq.edu.au/secure/accommodation/int_stud/Esse mesmo outro site da UQ, ainda oferece vídeo tutoriais, Off and In-campus short term accomodation e mais.

Assim que você sair da imigração e estiver indo em direção à saída do aeroporto, você não encontrará PLACAS gigantes com UQ, ou alguém com uma plaquinha esperando com seu nome escrito. Haverá ali, logo no portão de chegada, algum motorista ou pessoa com uma lista de nomes vestindo uma camisa da UQ. Dirija-se a ele e diga “What are you waiting for? DRIVE ME, MY DRIVER”… Não, não faça isso por favor, nem use referências se o fizer.

Pois bem, essa é sua oportunidade de conhecer estudantes que chegaram na mesma data que você e/ou de aproveitar um belo carro da UQ. Além disso você pode estar meio assustado com o sotaque do motorista da UQ e começa a pensar quanto o IELTS não diz tudo aquilo sobre seu inglês quanto você pensava. Mas não leve isso tão a sério, aja com naturalidade, sorria e concorde se você não entender. Se entender facilmente, sinta-se orgulhoso, champion.

OK. O motorista te levará para a sua acomodação temporária, AI MEU DEUS EU NÃO TENHO ACOMODAÇÃO TEMPORÁRIA, você pensa. E aí que entra o tema principal desse post. O HOSTEL. Recomendarei aqui o hostel que eu fiquei, o YHA, que é prático, é seguro e tem várias facilidades capazes de fazer você pensar, “Isso aqui é um hotel”, porque sim, ele não parece um albergue.

O YHA fica numa localidade próxima à cidade, e próxima a pontos de ônibus que podem te levar para a UQ, estação de trem, supermercado e afins. Também é localizado próximo a outros albergues o que te permite visitar aqueles que fizeram uma má escolha (6).

O YHA é um pouco mais caro ($5/night) se comparado com outros albergues, porém oferece mais segurança, e você tem um próprio armário onde pode colocar uma das suas malas gigantes, e mochila e coisas. TRAGA UM CADEADO para trancar o armário caso queira que ele tenha uma utilidade :). O quarto que você encontrará varia da escolha de quantas pessoas você quer dividir, mas em geral são 6, 4, 2 ou 1. O quarto para quatro pessoas é mais ou menos assim:

YHA Brisbane Austrália

YHA Room – Brisbane Austrália

Há ainda a bela vista da cidade, que tanto de dia quanto de noite é linda. Ah, e tem a deliciosa piscina que eu não fui porque tava em reforma fica no último andar. Uma sala com televisão e onde ocorre “noite de cinema” ou “noite de jogos” e algumas mesas externas onde você pode encontrar alguns europeus fazendo festa (ou brasileiros do CsF).

A cozinha do YHA é outro fator a se comentar, ela tem um porte praticamente industrial. Existem várias geladeiras, fogões, utensílios e mais. Apesar de ser seguro, lembre-se, pessoas em hostel tem fome, nunca esqueça cup cakes ou salgadinhos em cima de um balcão (experiência própria), será algo que você não encontrará nos achados e perdidos.

Enfim. Recomendo o YHA, os dólares que se paga a mais valem com certeza os benefícios que oferece. Seguem algumas fotos que tirei no período em que estive lá, com destaque para o elevador que já te diz um “BEM VINDO À AUSTRÁLIA”:

Aceito sugestões para o próximo post. 😉 Portanto, dêem seu feedback, comentem, curtam, peçam ajuda.

See you soon!

Culinária Australiana: Uma Introdução

Inevitavelmente antes de chegar a um lugar diferente você pensa em comida, abre o Google e procura “Comida/Gastronomia + Destino” e vai logo para as imagens para ver se os pratos são coloridos e se parecem gostosos. Depois você começa a imaginar quais serão os novos sabores que você provará, quais pratos serão típicos de uma região ou de um país e, se te agradares com algo, você já saliva como se o prato estivesse na tua frente. Pois bem, foi o que fiz antes de chegar aqui. Olhando as imagens tudo o que eu via eram fotos de junk food, Vegemite, Tim Tams e cangurus, ainda pulando. Mas e o que eu vejo agora que estou aqui? Exatamente, ou quase, a mesma coisa, com exceção dos cangurus, que não pulam das prateleiras do supermercado.

Minha primeira semana aqui na Austrália se resumiu a sair do albergue e procurar algo prático para comer. Mas praticidade aqui custa caro, como tudo na Austrália. Então, tentando evitar custos elevados, meus primeiros dias foram regados a SUBWAY (tem um em cada esquina) e HUNGRY JACKS (Burger King para os íntimos). A boa notícia era que no Hungry Jacks com seis dólares eu comia um chesseburger, batata frita, um copo de refri com direito a refil e, por fim, um sundae. Já no SUBWAY, por sete dólares eu tinha um sanduíche (somente sabores italianos), de trinta centímetros. Eu que era apaixonado por SUBWAY agora sinto o cheiro e penso “DE NOVO”? Ah, Mc Donalds não é algo muito comum por aqui. E o que aprendi é que, basicamente, o almoço dos australianos é um fast food acompanhado de muita Coca-Cola, e “that’s it”.

Ah, eles comem canguru aqui, sim. OI!?

Êpa!

Eu pensava que o canguru aqui era como as vacas são para a Índia, o queridinho da turma que ninguém se atreve a comer. Mas que nada, enquanto você paga para tirar fotos com cangurus em sua sessão turista, os australianos estão comendo eles no jantar. Descobri isso quando fui procurar carnes no supermercado, e vi um tipo de carne extremamente vermelha, e até certo ponto, atraente. Quando fui ler o rótulo vi a palavra Canguru e, QUACHOREI, afinal eu tinha alimentado cangurus na mesma semana no Lone Pine Koala’s Santuary e nenhum deles tentou me socar. Brincadeiras à parte, a carne parecia boa, ainda mais sendo mais barata que a de gado, mas me disseram que tem gosto de fígado, mas um pouco mais suave. Foi o suficiente para eu não querer comer, pois detesto carne de fígado. Mas nunca diga nunca, não é!?

Mas falando de comida boa, a Austrália tem dois ícones em sua gastronomia avançada. São eles: Tim Tam e Vegemite. O segundo eu ainda não experimentei, mas falam que é uma pasta de cevada, que não cai no gosto dos brasileiros daqui. Isso já não me agrada, mas tenho que provar isso. Por enquanto me imagino colocando uma colher disso na água, chacoalhando bem, e esperando fermentar para virar cerveja depois de um tempo.

Tim Tam - This is Australia

Agora, TIM TAM… Dio mio. Só para colocar num panorama como os biscoitos são ícone aqui, a Universidade na semana de orientação diz “Se você ainda não provou um você não pode sair da Austrália sem provar”, e no Market Day (um dia falo mais sobre), as sociedades e clubes que querem atrair pessoas para seus stands colocam Tim Tam abertos, e é isso aí, mais membros para a sociedade. Enfim, TIM TAMs são um vício. Imagine você aí, biscoito macio mas crocante (não Trakinas) com recheio de chocolate, coberto com dupla camada de chocolate, cremoso e delicioso. Hmm, falando assim parece BIS, mas não tem nada a ver. E também, nada do que você imaginar será igual. Para mim os melhores são o Double Coat e o White.

Para finalizar o post, vou falar da comida mais utilizada por estudantes de todos os cursos, de todos os cantos do mundo. Os Noodles, ou o famoso, Miojo. Você, que já é viajado no mundo pode até saber, mas para mim, mochileiro de primeira viagem foi um susto. Sério, aqui essa parada não é prática não. Foram cinco sachês de molho que vem no pacote, um com cebola e alho, outro com molho Chilli, outro com molho pra dar uma cor, de Sweet Onion, um com o pó conhecido no Brasil e outro com uns flocos de não sei o que. Eu demoro mais para abrir todos os sachês do que o Miojo demora a ficar pronto. Além do que, ainda não desenvolvi uma técnica boa para não melecar a mão com os molhos líquidos. E o Chilli deveria se chamar SO MUCH PEPER, porque virei quase um dos dragões de Game of Thrones cuspindo fogo, e abandonei meu racionamento de suco (um por refeição). Também, comprei uma marca “Ching Ling”, na próxima vou de Maggi e veremos.

Por fim, se vierem para cá, dou a dica: deixem o Chilli de fora, a não ser que gostem de um acarajé arretado. E tragam cerveja, porque aqui é muito cara.

Pontos Positivos:

  • TIM TAMs existem;
  • Burger King aqui é muito barato;
  • Bons energéticos aqui são tão baratos quanto refrigerante;
  • SUBWAY tem um em cada esquina;
  • Noodles te tornam um Chefe, você pode, com orgulho dizer, PREPAREI UM MIOJO;
  • E os últimos serão os primeiros: TIM TAMs existem.

Pontos Negativos:

  • Ter um SUBWAY a cada esquina faz você enjoar rápido;
  • Não existem tantos restaurantes com comida de verdade, tudo fictício;
  • Noodles não são tão práticos quanto no Brasil, com Chilli se tornam pimenta pura;
  • TIM TAMs são tão bons que existe uma campanha na TV para você se livrar do vício. As embalagens contem as mesmas figuras dos cigarros para reduzir o consumo excessivo, mas como nos cigarros, isso não funciona. A que surte mais efeito é a de um TIM TAM brocha, acusando-o de causar impotência. 😉

OBS.: Algumas coisas podem ter sido amplificadas para maximizar sua experiência, leitor.

Viagem Parte 2: São Paulo – Santiago via LAN (LA0753)

Voltando a falar sobre como foi a viagem e minhas avaliações sobre o voo, neste post vou falar sobre como foi o trajeto de Guarulhos até Santigo via LAN. Escrevi o post dentro do avião, então qualquer erro de tempo aí, é compreensível… Certo, vamos lá:

Check In:
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Minha mãe estava encantada com atendentes falando tantos idiomas quanto o Papa, o que me deu uma ideia. Engraçadinho que tento ser sou, fui chegar falando “Hi” para a atendente, mas ela nem caiu e respondeu “Oi, senhor, como posso ajudar?”. Nem deu para orgulhar a mamãe falando em inglês com ela. Hahaha. Foi uma falha apresentar o passaporte brasileiro no mesmo momento em que falei “Hi”, será?

O fato é que sempre li maravilhas sobre a LAN, e a atendente justificou de imediato as recomendações pela companhia. Ela, notadamente, era muito preparada. Além de ter sido treinada para não cair nas minhas brincadeiras mal elaboradas, foi muito atenciosa e simpática. Imprimiu todas as minhas passagens, e conseguiu por celular, mudar as etiquetas da minha mala e fazer com que elas fossem despachadas ao destino final. Ao menos é isso que eu espero. Ela também falou que a fila para o embarque estava gigante, e recomendou, sabiamente, ir o quanto antes para a migração. Por fim, pulei o balcão e dei um abraço para agradecer pelas malas despachadas.

Embarque:

Mesmo demorando um bocado na fila da migração, como fui muito cedo para o portão de embarque, ainda demorou uma hora para abrir o embarque em si. Mas isso porque houve mudança no portão de embarque, e teríamos que ir de ônibus até ao nosso avião e, por isso eles acabaram adianto um pouco o embarque. Dei o azar de estar na fila/ônibus que ia por último para a aeronave. Ruim, porque o tempo passa muito mais devagar quando você carrega quase dez quilos nas costas e a internet não ajuda você. Enfim, não gostei.
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               Voo e Atendimento a Bordo:

               Quando eu falar sobre o voo e o serviço de bordo será algo do tipo: “o voo foi tranquilo, vou me ater às refeições…”, nada de detalhes técnicos ou muitos detalhes. Porque universitário que sou, sou apreciador de uma alimentação saudável e balanceada. hahaha.

A tripulação não contava com “aeromoças”, só uns rapazes muito novos, que deviam beirar os dezessete anos, ou talvez os dezesseis. Eram simpáticos e atendiam bem. As informações de segurança foram dadas por eles, uma vez que a tela não parava de chiar. Devia ser esporte olímpico, demonstração de segurança sincronizada. Eu daria um 6.75 para eles.

Sobre a refeição: era praticamente um Subway. Só faltou eu pedir Sweet Onion e Chipotle, com orégano, please. Ah e esquentar também, era sanduíche gelado. Tinha queijo, peito de peru, alface, e algum vegetal que tem casca de melancia. Devia ser abobrinha, chuchu, sei lá, acompanhado de um molho verde. Apesar do vegetal desconhecido, estava delicioso. Ainda teve um polenguinho, cream cracker, e uma sobremesa. A sobremesa era um mousse de chocolate sobre uma camada de bolo de chocolate, eu acho, e estava muy buena. Para beber pedi vinho tinto. Um Cabernet Sauvignon Chileno, safra 1940. Recebi uma safra um ou dois anos mais nova, TALVEZ, e também uma Coca “só para combinar”.

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Ahh, tinha o catálogo novo do Duty Free da LAN. Queria comprar um perfume da La Coste em promoção, mas resisti ao sistema capitalista, ao menos até chegar na Austrália, e não comprei. Mesmo porque só queria ele por causa da embalagem, que imitava o tecido de uma Polo branca clássica.

Enfim, o voo foi tranquilo e mais ou menos demorado, pela falta de opções de entretenimento. São Paulo vista de cima, a noite, foi muito legal. Lembra-me um circuito de computador iluminado, neurônios, várias estelas, sabe-se lá o que me lembra, mas é muito bonita a cidade vista a noite. Pouso tranquilo e desembarque demorado, talvez uns 15 minutos até conseguir sair do avião.

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Vou-me e encerro aqui o post, porque meu café da manha (EU ACHO, pode ser janta, to perdido no fuso) está chegando. Até logo. Faltam poucas horas para chegar em Auckland \o/ Comemore comigo. Bye.

Primeiro Dia em Brisbane

Cheguei ante ontem às 7:30 em Brisbane, depois de uma longa viagem. Peguei minhas malas e parti logo para o setor de imigração. Tinha uma fila gigante, mas fui atendido rapidamente e recebi o Arrived no passaporte sem maiores problemas. Era hora de pegar carona com o pessoal da UQ.

Havia no aeroporto mais doze pessoas que também eram alunos da UQ. Inicialmente éramos em 10, sendo eu, o único homem, oito delas europeias e uma tailandesa. Logo depois chegaram mais duas pessoas, uma delas era Martin, um cara holandês, talvez polonês, que não para de falar. Fomos todos para suas acomodações na van. Foi uma longa meia hora tentando entender o sotaque deles e falando de rugby, futebol, e cataratas do Iguaçu, que no nervosismo quase chamei de Niágara.

Coincidentemente eu, Ingrid e Martin ficamos no mesmo backpacker, o YHA Brisbane City, que por sinal, é ótimo. Chegando aqui, só poderíamos fazer o check-in no quarto às 14:00, então não tínhamos o que fazer até lá, o que pudemos fazer foi guardar as malas para podermos fazer nossas coisas. Por sorte, Martin tinha um amigo no hostel, o Nathan, que iria para a UQ e podia “nos” levar. Peguei carona e também utilizei o rapaz como Guia Turístico. Pegamos um ônibus e lá fomos nós, aproveitar a chuva maravilhosa que nos recepcionava.

Chegando na UQ pensei: “Oh my God” (agora tenho que pensar em inglês). A universidade é linda, organizada, limpa, arborizada, tecnológica… Enfim, faltam palavras pra descrever. Fomos direto à biblioteca para que Nathan pegasse seu ID Card, aproveitei e fiz o mesmo, a tal carteirinha sai na hora. Ingrid tentou a sua, perguntando se, estudando em outro campus da universidade conseguia retirar a sua também, o atendente disse que sim e perguntou qual o campus dela. Kelvin Grove – respondeu ela categoricamente. Na hora eu pensei que não existia esse campus, mas né!? O atendente disse a ela que ela era da QUT e não da UQ. Ela só conseguiu dizer “Are you kidding me?” e sair correndo para o hostel.

Depois disso fui almoçar e depois ao Koala’s Santuary com Martin, Nathan, e Allen, uma amiga deles, que encontraria outras amigas lá. Ou seja, eu iria com um bando de turistas europeu. Foi isso que aconteceu, fomos ao zoológico, ou indústria de fazer dinheiro, ou vulgarmente conhecido como santuário dos coalas. Lá tem uma variedade de espécies nativas, como o demônio da tasmânia, coalas, cobras, lagartos, crocodilos, e claro, cangurus. Pude segurar o coala, mas não tirar foto com ele, ou teria que pagar 16 dólares (WHAT?). Alimentei os cangurus e, agora sim, tirei foto, de graça. Enfim, o passeio foi muito bom, não fiquei tão admirado quanto os europeus, mas foi legal. Martin imitou um passarinho preto, que estufava o peito e tentava “cantar” mais alto que Martin, queria saber o nome da gringa que filmou, foi bem engraçadinho. Diverti-me muito com os gringos, mas me cansei e estava encharcado, pois chovia muito e eu estava com uns dez quilos na mochila, minhas costas pediam liberdade.

Por fim era chegada a hora de ir para casa. Mais ou menos às 17:40 saímos do zoológico para partir para o Hostel, mas isso eu conto em outro post, porque esse já ficou longo. Deixo aqui algumas fotos do passeio.

Bye

Viagem Parte 1: Florianópolis – São Paulo via TAM (JJ 3184)

Posso dizer que o programa Ciência sem Fronteiras foi quase como um parto para mim, nove meses de espera para que finalmente essa “criança” vingasse e tomasse forma. Começara ontem, finalmente, a tão sonhada viagem para a Austrália. O lado positivo de algo não prematuro é que você se sente mais preparado e é tudo mais gratificante depois de tanta espera. Mas como o recém-nascido ainda não tem muitas “habilidades”, e estou no meio do voo “Santiago à Auckland” vamos comentar da viagem e do processo todo, em partes. Começando pela viagem na ilha da Magia, com destino a SP.

Para garantir a janela para minha mãe e honrar minha imagem de ansioso “organizado”, fiz o Web Check-In com 72 horas de antecedência no site da TAM. Deu a impressão que alguém escolhera duas poltronas de ambos os corredores na segunda fileira com aquela esperança de “ninguém querer pegar as poltronas ao lado” (GOOGLE et al., 2012). Pois bem, eu quis e peguei. Garanti assim, pouco ruído, boa visão, e ainda seria um dos primeiros a ser servido. 😀

Chegando ao balcão para despache das malas, minha primeira impressão da TAM, devo admitir, não foi boa. O atendente mal me olhou, foi seco, e nem desejou boa viagem. Pedi para que minhas malas fossem despachadas ao destino final e ele disse que não era possível, pois “Sei lá o que Lan, mimimi Qantas, elas vão parar em Santiago”. A única boa notícia que ele me deu foi “Vinte e Dois quilos”, para a mala que eu temia excesso de peso. Já fiquei contente e esqueci nossos problemas, haja visto meu sofrimento psicológico para tirar quatro quilos da mala e conseguir fechá-la na madrugada anterior.

Depois de uma breve despedida com os entes queridos 😉 era hora do embarque, que por sua vez, foi rápido e pontual, como tudo seria nessa viagem. Aliás, se eu precise de uma sinopse para a viagem seria: “o que é bom acaba rápido” ou “alegria de pobre dura pouco”. Ah, e havia mesmo um casal, que olhou com cara de decepção ao ver que a tática das poltronas não deu certo. De resto, foi tudo tão rápido que nem deu para dimensionar que eu já estava em São Paulo. Minha mãe adorou a visão e ficou sorrindo a viagem toda, foi muito bom.

Sobre o sistema de entretenimento da TAM digo que deixa a desejar para voos domésticos curtos. Monitores coletivos tentando fazer uma lavagem cerebral e propaganda da TAM, sem nenhuma alternativa de escolha, e nenhum oferecimento de fones de ouvido, e nada nos canais de rádio. Como falei, não fosse minha mãe do meu lado, eu ficaria entediado. Por pouco tempo, mas ficaria.

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Sobre o atendimento a bordo achei tudo bom, e melhor, “gratuito”. Sabe, até acho que “gratuito” deveria ser um adjetivo que vem depois de ótimo, numa escala de péssimo a extraordinário. Você diria GRATUITO, e pronto todos saberiam que foi mais que bom. “Reré”. Ao chegar comissária disse “Gostaria de refeição, senhor?”, e eu perguntei “Quais são as opções?” e ela rapidamente disse “Sim ou não”. Hahahaha, prometi para mim mesmo que faria essa piada no blog.

O sanduíche era pão com algum tipo de farelo em cima, peito de peru e queijo. Simples, mas gostoso. Para beber pedimos Coca-Cola e Heineken. A comissária derramou Coca-Cola na poltrona e POR POUCO não veio na minha jaqueta branca e na calça. O que é bom, pois ninguém acreditaria se eu dissesse que não fui eu que sujei, dado o meu histórico com derramamentos.

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Por fim, o capitão, que pela voz, devia ter minha idade, agradeceu a nossa escolha pela TAM e informou que estaria pousando em poucos instantes. Era o fim da primeira viagem. Pouso tranquilo, desembarque rápido. Guarulhos me aguardava… Mas isso é história para outro longo post.

Só para saberem, estou um pouco além da metade da viagem, sobrevoando o pacífico. Altitude: 11000 metros. Distância para o destino: 3.042 quilômetros; Tempo Restante: 3 horas e 40 minutos, aproximadamente. Velocidade: 800km/h.

Seeya.